sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Casados até que o apto nos separe


Começou com a cama King Size. Você poderia dormir com seu marido sem ter muito contato.
Apareceram as pias separadas no mesmo banheiro. Afinal, somos casados mas não precisamos dividir tudo, certo? Eu cá com meus cremes e maquiagens e vc aí com seus restinhos de barba.
Sabe aquela história de "meu paletó enlaça o seu vestido"? Hoje em dia isso acabou. Closets separados, nada de seu sapato ainda pisar no meu.
Pensa bem: no casamento ainda precisamos ter certas privacidades.
Agora eu vi em uma revista de apartamentos (dessas que mostram planta, mapa, apartamento decorado) que o diferencial num apartamento de luxo é a suíte Master com dois banheiros: o da Sra tem Jacuzzi e o do Sr tem chuveirão mesmo.
Já ouvi histórias de casais que vivem felizes em casas separadas.

Só falta agora quererem que usemos escovas de dentes separadas. Esse mundo está perdido.

domingo, 19 de setembro de 2010

Coockies


Entrei agora no site da Marisa Ono ,vi uma receitinha de coockies, e lembrei de uma época que fiz muito biscoitinhos. Foi um momento bem tenso da minha vida. Vamos pelo começo.


Estava grávida de Mateus e tinha um convênio médico muito ruim, da empresa que trabalhava. Optei por fazer o pré natal e parto pelo SUS. Claro que foi um posto na Vila Olímpia, não um no fim do mundo. Mas foi um ótimo pré natal, os profissionais eram muito atenciosos e correu tudo tranquilo. Quando chegou na época do parto, fui ao hospital Beneficência Portuguesa que tem uma parte que é SUS. Aí é que começou o drama. Eu tive o Gabriel por cesária e nessa segunda gravidez, não tive nem uma contraçãozinha. O dia provável para o nascimento era 18.04.2003 e o Mateus só foi nascer dia 30.04. Eu ia todos os dias para verificar os batimentos do Mateus, esperava mais ou menos 2horas para ser atendida e me mandavam ir para casa, pois não estava na hora de nascer. O governo evita cesária ao máximo então, o SUS tinha uma cota de cesárias que poderia fazer. Eu estava apavorada, com medo de que acontecesse alguma coisa com o meu filho, e também por causa dos médicos, que eram bolivianos/venezuelanos/colombianos, não falavam português direito e se recusavam a carimbar o CRM nos documentos que escreviam. Juntando isso ao meu mau humor, imagina.
Para fazer um dos exames, o cardiotoco ( ou coisa parecida), eu precisava comer algo energético, para o nenê ficar agitado, então eu fazia coockies e ficava comendo na sala de espera. Todo santo dia eu levava esses biscoitinhos. O Pedro me acompanhava na maioria das vezes e comia junto, sempre falando que estava gostoso. Eu estava tão irritada, que chorava de raiva de mim mesma. Também estava sem sexo a mais de 3 semanas. Não abria sorriso para ninguém, estava azeda e mal educada. Qualquer motivo eu soltava os cachorros. Voltando ao Pedro. Um dia, não deu tempo de fazer os coockies e eu comprei aqueles da Nabisco, bem gostosinhos. Pedro não me viu tirando da embalagem, comeu e, para tentar me agradar, abriu um sorrisão e falou:
- Nossa, Cla! Esse foi o melhor coockie que você fez!

The end

sábado, 26 de dezembro de 2009

Vitor e léo

A minha dentista coloca uma tela de LCD na cara dos pacientes, para se distraírem. Para meu filho, desenhos da Disney. Para mim, clipes musicais e shows. Pois bem. Quando eu estava de boca aberta, com aquele sugador de baba, ela coloca um show do Vitor e Léo. Eu estava indefesa, terminando de tratar um canal, tinha meus movimentos limitados. 15 minutos depois, a dentista arregalou os olhos, parou o serviço e perguntou se tava tudo bem, que eu poderia avisar se tivesse doendo. Expliquei que estava tudo bem, daquela forma esquisita, de boca aberta. A minha cara dizia o contrário. Era dor psicológica.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

E afinal...

Num final de tarde de julho/2000, estava eu dentro do carro com meu primo Artur no meio do trânsito em frente à estação Paraíso quando ouço me chamarem do carro ao lado. Era o Roberto, que coincidência. Mais que isso: o Pedrinho estava ao lado. Que sensação boa!

- Oi Clarice! Tudo bom? Lembra do Pedrinho?

Claro que lembrava. A última vez que o vira foi no fim do ano passado, eu havia pegado seu telefone e não tivera coragem de ligar. Minhas amigas insistiram, mas fiquei sem graça, justo eu, que era tão sem vergonha. Seu telefone ainda estava em minha carteira.

Os dois iriam tocar naquela noite em um bar no largo da Ana Rosa. Acho que o nome era “Chopinho”, se não me engano. Claro que fui prestigiar. Eu, Artur, Jana e seu namorado. Foi muito bom, eu e Pedro ficávamos conversando na beira do palco durante os intervalos. Saí de lá com um convite para assistir a um show na próxima terça, na Fiesp, da banda Sossega Leão.

Nem lembro do show direito, estava nas nuvens, aquele calor no corpo, misturado com timidez , ansiedade, não dá pra explicar a sensação de começo de namoro. A gente quer ficar junto, e tudo é atraente: a conversa, o olhar, a risada, os gestos. Acabamos em um Frans Café na Paulista até depois da meia noite. Minha irmã Lia veio me buscar, eu a deixei em casa e levei o Pedro. Claro que ficamos mais umas duas horas papeando e o primeiro beijo, bem suave, gostoso, só foi dado na despedida. 15 de agosto. Mês passado completou 9 anos.

Moramos juntos há 9 meses, cheio de filhos (1 em comum), e continuo apaixonada. Claro que houveram momentos difíceis, mas eu tenho certeza que ainda vai durar muito nossa união. Talvez algumas vidas.

domingo, 16 de agosto de 2009

Continuando a historinha....

Eu resolvi ir ao bar em Santana ver o Reinaldo antes da virada de 99 para 2000, dia 29 de dezembro, quarta feira. Claro que liguei antes para confirmar a não-presença do Marcelo, o ex.

Aliás, vou retroceder um pouco no tempo. Eu e o Marcelo ainda nos cumprimentávamos, falávamos até pelo telefone em meados de dezembro, até que, perto do natal, eu e minha mãe estávamos indo para casa com sacolas e sacolas de compras do mercado municipal, e o ex passou entre mim e ela - até pediu licença! - com a secretina de mão dada, e fingiu que não me viu. Passou e foi. Aquelazinha ainda deu uma espiada de rabo de olho. Fiquei puta da vida e minha mãe, pasma! Foi aí, nesse fatídico momento, que qualquer faisquinha que me fisgava o coração, morreu. Aliás, essa frase ficou legal.

O Reinaldo falou que estaria o Pedrinho, aquele, daquele dia, em setembro. Fui sozinha. Quando entrei, estava o Reinaldo na bateria, Roberto, no violão e voz , Pedrinho no baixo e......... (puta-que-pariu-que-eu-fiz-pra-merecer-essa-merda) Marcelo no teclado???!!???Desde quando ele sabe??? Ele olhou para mim enquanto tocava, abriu um sorrisão e acenou. Retornei com um certo movimento nervoso no lábio e olhei com estupidez para o Reinaldo que fez um sinal com as mãos de que não sabia. Pelo menos o Pedrinho estava lá. Nos intervalos, eles sentavam comigo. Todos. Mas eu me segurei. Fui firme até o final. Quase.

Na hora de ir embora, ficou conversado assim: Eu levaria o Roberto em sua casa perto de Santana mesmo, depois buscaria a Cris na Paulista e iríamos todos ao Bom Motivo, na Vila. O Marcelo pediu carona e falei para ele vir na frente comigo. O Povo estranhou, já que ele era magrinho e nessa divisão, o Roberto e o Reinaldo, bem gordinhos, iriam atrás apertados junto com o Pedrinho.. Mas enfim aceitaram. Eu era a motorista. Quando o carro começou a rodar, eu abri a boca e iniciei um longo monólogo, aos gritos, xingando, acusando e soltando tudo que me engasgava a mais de seis meses. Os três que estavam atrás estavam completamente mudos. Puta situação. Agora eu acho engraçado. Na verdade nem lembro o que falei, para ver a tamanha limpeza na alma que fiz. Só lembro de uns trechos:

Eu – Quem você pensa que é?
Ele – Não, clá, eu...
Eu - Cala A Boca! Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha! (eu falei isso, juro.)

Outro trecho:
Ele – Clá, eu juro que não te vi
Eu – Não me viu o caralho!!!!

E por aí vai.

Mas lembro também que durante a briga eu pensava no Pedro, sentado atrás, ouvindo tudo isso, justamente quando eu soube que ele estava divorciado. Na Paulista, peguei a Cris que estava completamente ignorante da situação e convidou o meliante para ir beber conosco. E não é que ele aceitou?? Impressionante. Ele perguntou se podia, eu disse que sim. Não entendi na hora o porquê, mas agora compreendo: depois do desabafo, ele não significava mais nada, se ele fosse ou não, tanto fazia. Mas ainda assim me impressionou a cara de pau. Peroba nele.

O resto da noite foi muito agradável. Na hora da despedida, perguntei discretamente ao Pedro se ele não queria ir ao Frans (café) comigo e a Cris na hora deu um pulo:- Oba, Frans? Vamo todo mundo!
Ai ai. Fomos todos. Quem sabe da próxima vez.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

No início....


Galera, vou postar uma história que comecei no blog anterior e não terminei. Todo dia colocarei um pouquinho para não assustar com tantas letras.


Beijos.




Eu estava deprimida pois tinha levado um pé na bunda do namorado. Trocada pela secretária, veja só. Clichê. Aliás, comentei o fato com minha ginecologista que informou com toda segurança que iria acabar rápido, caso com secretátia (secretina) é efêmero. Enfim. Saía empurrada pelas amigas, ouvia músicas de dor de corno como "Preciso aprender a ser só", "Inútil paisagem", "insensatez", " pois é", etc. Estava sofrendo com gosto. Sim, é gostoso ser vítima, as atenções caem e recaem sobre si. Sofrimento vicia. Bem, comecemos.

Eu fui a um barzinho em Santana onde o ex tocava, mas me certifiquei com os outros músicos que ele não estaria. Eu e a Eli. Minha eterna cunhada, que não justifica aquele dito que se cunhada fosse bom, não começava com cu. Então nós fomos ouvir música gostosa, comer uma picanha fantástica, conversar e beber. No lugar no Marcelo, estava um baixista novinho, miúdo, me encantou. Os olhos levemente puxados, um sorriso encantador e empunhava o baixo de um jeito bem gostoso. Mas era muito novinho, parecia ter uns 19 anos, eu no limiar do 24 anos era velha demais.Comecei a viajar naquele som, a fantasiar, a olhar cada detalhe do baixista. Lembro exatamente o que pensei:"Já pensou se pudéssemos ver nosso futuro? E se eu estivesse olhando agora para o o pai do meu próximo filho?"
O som deu uma pausa e o baterista - Reinaldo - veio sentar conosco. O coitado ouvia meu lamentos pelo telefone. Perguntei quem era esse baixista. Seu nome era Pedrinho, e não lembro como surgiu o papo, mas o Reinaldo comentou sobre os dois filhos dele. Puf. Conscientemente eu bloqueei meu interesse por ele. Casado. Mas, cacete, dois filhos? Naquela idade? Aliás, que porra de idade ele tem? Descartei na hora os 19 anos. Chocantes 32 anos. No fim, fomos apresentados, ofereci carona para a Vila Madalena, aonde ele morava e eu ia passar a noite. Não lembro qual foi a desculpa, mas não aceitou. Acho. Isso foi por volta de setembro de 1999.



segunda-feira, 15 de junho de 2009

Estepes

Galera, esse post é do meu blog antigo, publicado originalmente em 02/09/04. Conversei com minha irmã Laura outro mdia e surgiu o assunto, tão edificante. Lembrei, então, desse post e falei que ia republicá-lo. Laura, divirta-se!


Estava eu conversando com uma querida amiga sobre muitas coisas e - como sempre - começamos a falar sobre sexo. E o assunto do momento foi consolos e vibradores. Trocamos experiências, piadinhas e um monte de besteiras sobre esses brinquedinhos estimulantes.
Daí eu acordei no meio da noite passada, não conseguia mais dormir e lembrei do papo, achei legal fazer um post sobre consolos. Aliás, a palavra "consolo" é muito feia para esse brinquedo tão legal.Vibrador eu acho mais apropriado.
O quê? O seu não vibra? Que que tem? Você não vibra com ele? Então: Vibrador.
Além do mais, quem precisa de consolo é alguém muito triste, deprimida, não quem fica sem sexo.

Quando estava no colegial, eu e mais três amigas íamos de vez eem quando no P
onto G para dar uma volta, conhecer as novidades e rir um pouco. Rir sim. Existem apetrechos que são fantásticos. Sabe a boneca inflável? Pois é, tem uma variação interessante: a cabrita inflável. Ou uma vaca. Eu também não tenho muito pudor e sou muito curiosa, por isso levava sempre um acessório esquisito para que o vendedor me explicar como se usa. Na maioria das vezes era algo completamente dispensável, uma peça decorativa. por falar em decoração, as fatasias também chamavam atenção. coelhinhas, vaquinhas, cowboys, dominatrix, presidiário, empregada, enfermeira, lingeries cheias de pompons rosas, cachorros...... uma infinidade de fantasias sexuais "engarrafadas".
Mas o que impressionava mesmo eram os vibradores e as vaginas. Comecemos pela segunda. Réplicas quase idênticas, com pelos, cores, tamanho e opções: com ou sem bunda . Eu não posso falar mais sobre, poque para mim não era uma visão agradável.
Agora os pintos... vou te contar. As mulheres e os gays foram melhores favorecidos. Uma infinidade de modelos, desde os paus do tamanho de um dedo médio até da grossura de um braço forte de homem. Um arraso. Cores, padrões, com luzes, com anexos massageadores, realísticos, de silicone, de borracha, de plástico, de metal, kits com várias capas, com cinto, uma loucura. Mas soube por uma das minhas amigas que esse tipo de diversão é um perigo, além de ser caro: tem que tomar cuidado na hora de comprar para não ter os olhos maiores que a ... enfim.
Num desses passeios, encontramos uma promoção legal. Algemas simples por treze reais. eu e uma das meninas levamos uma cada e as outras, um par cada. Chegamos atrasadas na aula e o professor de física perguntou onde estávamos, mas não respondemos. Ele percebeu a sacola e quis saber o que tinha dentro, encheu o saco. Tadinho, ficou tão sem jeito quando mostramos...
Um tempo depois, um amigo confessou que precisava animar a vida sexual dele e da namorada e eu, idiota, resolvi emprestar a algema.
- Usa, ela vai gostar, vai ser diferente....
Soube que a menina ameaçou bater nele se ele a algemasse e ainda sumiu com minhas algeminhas.... snif...
Uma vez vi uma réplica de um antebraço com um punho fechado enoooorme e fiquei horrorizada.
Contei a uma outra amiga (que é cantora) sobre isso e ela falou que nunca tinha entrado. Eu contei então as maravilhas lá vendidas e ela ficou mais horrorizada do que eu.
- Como pode? que horror! Como alguém pode se submeter a esse tipo de brincadeira?
Um amigo falou brincando, mas em tom sério:
- Por que você não viu um consolo que é dois braços juntos com as mãos espalmadas juntas, daí, quando você enfia, as mãos começam a bater palminha dentro de você.
- MEU DEUS! Isso é a maior violência que eu já ouvi! Que pessoa doente usaria isso?????
Todos que estavam no momento cairam na gargalhada.
E ficou como brincadeira muito tempo: toda vez que ela estava cantando, batíamos palma com os braços juntos olhando para ela, que engasgava e queria nos matar.